SAUDADES DOS AMIGOS
Quando lembro de minha infância
as lágrimas afloram o rosto;
um sentimento súbito
me vêm a mente.
Como as crianças são puras.
As maiores emoções invadem
nossa alma.
Lembrar dos amigos de infância
me faz flutuar e
somente deleitos ao coração.
Dizer e gritar bem alto,
mas tão alto, que o meu silêncio vibra.
Quando lembramos amizades
verdadeiramente especiais;
isto nos faz descubrir os verdadeiros amigos.
Do tempo que os circos
armavam-se em frente a nossa casa
na rua Gal. Telles.
Todos eles tinham roda gigante,
os picadeiros, os animais, os palhaços,
os ringues de luta de boxe, de telekete.
E para entrar de graça no circo, as vezes,
ou muitas vezes, a gente tinha que varrer
as jaulas, os lugares onde ficavam os elefantes,
ou então, passava por debaixo da lona.
Tinham vezes, que dava problema,
e nos pegavam, e, aí, não tinha mais jeito,
não se podia ir ao circo.
Os amigos me fazem lembrar
de grandes vazios de saudades.
É difícil nos ver-mos, trocar palavras,
nos reencontrarmos.
Que saudades de meus amigos de infância.
Das brincadeiras, das danças de roda, de salão,
das corridas em volta das fogueiras de São João.
Do pega-pega, do esconde-esconde,
das risadas descompromissadas.
Que saudades da rua Gal. Telles,
onde meu coração enxerga o
Adilson Nascimento, o Zé Luiz Pederzolli,
O Aloisio Pons, o Ginóca (Gilnei ), o Sidnei,
irmão do Ginóca, o Jorge, o Paulo - irmãos -
filhos do seu Cruz.
Saudades da rua Gal. Telles, entre a rua Alvaro Chaves
e a rua Bento Martins.
Do seu Adão Nascimento, de Dona Ondina, da Maria,
irmão do Adilson, do meu padrinho José Pederzolli,
minha madrinha Celda, da vó Augusta, do Vô, das gurias
irmãs do Zé, a Zuleika, a Terezinha e a Maria de Fátima.
Do seu Antonio Pederzolli, irmão do padrinho, de dona
Leda Pederzolli, da Sonia, do Toninho, da Eliane, álias,
que há poucos meses reencontrei numa apresentação
do Pedro Munhos, na Biblioteca Pública de Pelotas.
Do pai e a mãe do Aloisio, do irmão dele e da irmã Giselda.
Que saudades do Dário Badia Germano, do seu Germano,
da sua esposa e da irmã do Dário.
Saudades do Gitinha, jogador do G.E.Brasil, meu vizinho.
Isto me trás muitas saudades e vontade de juntar
esta gente, para que possamos amar outros tantos
momentos. Saudades do Hélvio Casalin, seus pais, manos
e de seu primo Débli.
De tantas outras pessoas de minha infância,
que tenho medo de esquecer nomes.
Há ! Se houvesse uma oportunidade
da gente reunir um pouco destes amigos,
como eu seria feliz, mas de qualquer sorte,
vou aproveitar este espaço e lembrar a todos
que estou pronto para reencontrar com todos
vocês , e mesmo aqueles que
não estou talvez até lembrando, que está em aberto,
o convite para nos reunirmos.
Me lembro do Antonio lá do IPASE, das manas,
Rosa Branca e Regina e o Alaor, seus pais, seu
Alaor e dona Osvaldina.
Bons tempos aqueles onde amávamos e eramos
amados, sem medos, e com todas as garantias,
que uma boa educação não resolvesse.
Tinha o Bonde passando pela rua Alvaro Chaves,
ora vindo pela rua Tiradentes, ou então, retornando
pela rua Gomes Carneiro e vindo pela rua Alvaro Chaves,
que era no momento em que nos pendurávamos
nas laterais para pegar uma carona, até que o
Motorneiro nos descobrisse.
O Teatro Apolo, o Teatro Guarany, o Cine Capitólio
com suas matinés, e a seção das 20;00 horas
onde os namorados aproveitavam para encontrarem-se.
Tinha também a troca de gibis na frente dos cinemas,
antes de a gente ver o filme.
Aos domingos tinhamos que ir a missa.
O jogo de bola, todos os dias em frente a minha casa.
Buscar o pão das 16;30 horas na padaria Popular.
Que vida boa; ajudar a lavar a casa, aos sábados,
e depois encerar toda a casa com aqueles escovões
enormes, que aproveitávamos para brincar de um
carregar o outro, pois já encerava o chão.
Este senso de responsabilidade, misturado com aquela
época.
Grande amizade entre as pessoas, o que nos levava
a flutuar de amor e não havia tempo para maldades.
Saudades do Gilberto, primo do Sergio Cabral, do irmão
mais velho dele, da irmã mais nova do Sergio, que álias,
é casada com meu amigo Otaviano, atualmente, radialista
em minha cidade.
Saudades de Dona Maria e seu Cabral. Saudades do Taxi,
do carro de Aluguel, do 1616, ali na rua Tiradentes,
entre a rua Alvaro Chaves e a rua Alberto Rosa, do carro
de Aluguel do senhor lá da rua Manduca Rodrigues, seu
Rosalvo, que tinha um carro todo preto
Este senhor nos levava lá na casa da minha vó Maria,
passando a viação Ferrea, ao lado do C.A. BANCÁRIO.
Lembro das pescarias da Marambaia, eu meu mano Bira,
o nosso pai Jeronymo. Como era bom, e as vezes, o Duque
nos acompanhava, com seu toquinho de rabo abanando
de faceiro.
Que saudades do meu tio Martins, da praia do laranjal,
do tio Romeu, do tio Antoninho, o tio paciência, já o tio
Lulu, não tenho grandes lembranças, pois ele morreu quando
eu era muito pequeno, mas lembro que minha mãe, amava
muito este irmão, assim como os outros, mas ele parecia-me
mais frágil.
Tem a tia Jeni, mulher do tio Galego, grande treinador de
futebol e como amigo, este tio era o máximo.
Uma saudade imensa do tio Martins. Ele colocava eu, a
minha irmã Jussara em sua perna, um em cada perna
e ficava nos contando histórias.
Que saudades dos amigos, tios, parentes e grandes
senhores e senhoras, principalmente, por aqueles que
já partiram, cumprindo suas tarefas nesta terra,
estes a saudade é imensa, pois não poderei tê-los mais
ao meu lado.
Interessante que estou escrevendo agora que são
23 horas do dia 1º de maio de 2010, dia do trabalhador,
e me bateu esta saudade das pessoas.
Acredito que em nome das amizades
por aqueles que ainda nos restam como amigos,
eu vivo este momento.
Agradeço ao pai todo poderoso, criador dos bens,
e de meu pensamento.
Oro neste instante e peço-lhes e estendo
á todos os meus amigos, o ofertório de paz e amor
neste dia que se esvai, mas que jorre amor para
todas as pessoas.
Eu tenho saudades.
Saudades dos meus amigos e gostaria
tanto de começar a abraçá-los
em nome desta saudade.
Um beijo no coração dos meus amigos,
parentes, senhoras e senhores.
Do Escrevedor de Versos: tabayara sol e sul