Sei que voltas de vez em quando!
O que somos um para o outro?
O que temos em nossos corações?
Que tanto afligem e magoam?
O contato se estabelece e
as emoções brotam nervosamente.
Tão fortes,...mas não podem emergir.
Se negam, veementemente,
a extrapolar o corpo desses seres cinqüentões.
Quando as palavras de outrora afloram,
o silêncio se estabelece.
Há no tempo e no espaço,
uma força poderosa que não os desune.
Será verdade toda essa áurea,
que mantém unidos, dois que se magoaram tanto?
Diga-me destino, que força é essa?
Paixão desenfreada?
Amor compulsivo?
Corpos ardentes em paixão?
O vínculo não se quebrou.
Está atado nos contatos desfeitos,
nas buscas incessantes.
No furor do encontro que não vai se realizar.
Só resta a angústia, a dor, a solidão,
o desespero de reconhecer a perda,
o fracasso de um sentimento poderoso,
que não se perpetuou,
mas deixou marcas profundas
nesses corpos, nos corações,
nas peles que relembram os toques estremecedores,
o sentir do suspirar em cada centímetro sensibilizado
pelo ardor da paixão nunca revelada!
Irene Freitas