Sei que voltas de vez em quando!

O que somos um para o outro?

O que temos em nossos corações?

Que tanto afligem e magoam?

O contato se estabelece e

as emoções brotam nervosamente.

Tão fortes,...mas não podem emergir.

Se negam, veementemente,

a extrapolar o corpo desses seres cinqüentões.

Quando as palavras de outrora afloram,

o silêncio se estabelece.

Há no tempo e no espaço,

uma força poderosa que não os desune.

Será verdade toda essa áurea,

que mantém unidos, dois que se magoaram tanto?

Diga-me destino, que força é essa?

Paixão desenfreada?

Amor compulsivo?

Corpos ardentes em paixão?

O vínculo não se quebrou.

Está atado nos contatos desfeitos,

nas buscas incessantes.

No furor do encontro que não vai se realizar.

Só resta a angústia, a dor, a solidão,

o desespero de reconhecer a perda,

o fracasso de um sentimento poderoso,

que não se perpetuou,

mas deixou marcas profundas

nesses corpos, nos corações,

nas peles que relembram os toques estremecedores,

o sentir do suspirar em cada centímetro sensibilizado

pelo ardor da paixão nunca revelada!

Irene Freitas

irenefreitas
Enviado por irenefreitas em 25/04/2010
Código do texto: T2218633
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