Olha o cais...
Olha o cais
Que existe em meu coração
Se a gente corresse mais
Como se não houvesse chão
Um aceno nessa estação
Onde o tempo ficou pra trás
Vendo as cores dessa ilusão
Pelas mãos do destino, mas
O desejo vive, e eu em vão
Amparando em minha mão
Imagine, ele é tão fugaz
E se vai de mim
Quando chega ao fim trava a minha voz
Numa aparição
O trem na estação leva a gente e traz
E assim
Vi um tempo que não tem mais
E no porto que existe em mim
Não há velas, nem venta mais
Nesse olhar que adormece enfim.