Fios Invisíveis!
Fios Invisíveis
Esse amor que não se permite estar junto,
reconhece quanto fez sofrer à quem o amou demais.
Busca formas paranóicas de estar perto.
Os lugares de encontro são perseguidos à exaustão.
Seu sofrer calado e dolorido por saber, não tem volta!
Angustia o ser outrora tão feliz por estar junto.
Impaciente, intempestivo, mandou o amor embora.
E hoje, na busca frenética pelo encontro ou “reencontro”
cria meios para poder encontrá-la e tentar, silenciosamente
tê-la perto, sentir sua alma, sua essência, seu amor.
É um perto tão frágil e tênue.
Um não se deixar mostrar.
Usa novamente as máscaras noturnas,
e por instantes seu coração adormecido, volta a pulsar.
São palavras soltas ao vento, levadas pela conexão de fios invisíveis,
mas que fazem o contato a tanto tempo buscado,
e com o tremor da presença, as letras entram no lugar errado.
Mas o estremecer do corpo e o disparar do coração,
fazem com que o dia esteja ganho e a saudade amenizada.
Adquiriu com nome falso e a máscara,
a atenção daquela que amou no passado recente
e por mais esforço que faça ou que tenha feito,
não consegui esquecer, abafar a falta doentia que sente.
Criando relações novas, com sentimentos velhos,
abre-se o sorriso no rosto envelhecido de um homem solitário
e dolorido, por reconhecer o amor que deixou escapar.
Retorna à esse corpo o estremecer de uma paixão que nunca deixou de existir.
Irene Freitas