SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Eu senti de repente,
A saudade de alguém.,
De um olhar caliente,
De vaga-lume também.
O céu se abriu para mim,
Cores pintadas na alma minha.,
Me vi de peito nu, em um jardim,
a correr em busca do que vinha.
Encantos, riscos e vontades,
De repente vi minha luz,
Uma alma, uma saudade,
Cânticos que a vida me conduz.
Bebo das minhas fragâncias,
Da flor que me faz beija-flor.,
Sonhos em quaisquer instâncias,
Da paixão que se fez amor.
E ela chega no barco que me navega,,
traz perfumes que eu ainda não senti.,
Sonho vazio não me pega,
Na vida que eu já vivi.
Saudade é meu canto de esperança,
chega náo sei de onde.,
Me abraça, me faz criança,
Se vai embora, não sei, se esconde.