É saudade...

A saudade é vício de um filho

Recorrente e lancinante

E ao mesmo tempo errante

Como um sonho no exílio

Que arde implorando seu objeto

Que iguala o errado e certo

O prazer sempre negado do martírio em manifesto

A saudade é foto pálida do futuro improvável

Um seguro salva-vidas

De uma esperança instável

É um amargo marco estanque

De um passado desejado

Uma promessa constante

São delírio indomado