Saudade

O córrego frio aos pés mingua de tristezas

Mulheres caladas submissas, lavam suas roupas no rio.

O tempo nem chove, só venta.

As meninas tiram remelas dos olhos

E nem ligam aos viajantes que passam.

Os homens alugam barcos para os passeios.

Entre o riacho e o mar, cavalgam gringos.

As sedosas morenas navegam nuas em mar aberto,

Sem medo de algas e redes de pesca.

O amor adormecido espera esfriar o sol

Acalentando o desfecho da rebeldia.

Mais um dia em Trancoso, Bahia.

Hoje vai dormir no colo do sereno.

A vazante da maré

É Lua cheia que tripudia.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 31/03/2010
Código do texto: T2170042
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