Lupus
 
Quem sou eu se não um lobo
Solitário e patético percorrendo
Essas estepes gélidas como louco.
Em busca da matilha
Ou um fulgor flamejante
Que suplante tormentos
E para sua ilha de volta
O transporte.
 
Sou impulsivo e me refugio
Nesta Poesia que me acalma.
Mas minha alma não se contenta
E tenta ir além,
E além encontrar,
Nessa estepe ou à beira do mar,
Acalento.
 
Esse lobo que sou eu me devora
E não demora a matar-me.
E nessa ausência de estar contigo
Me refugio mas não consigo
Refúgio
Cá comigo.
 
Volto então a percorrer pradarias
Te buscando sem encontrar.
E no mar que busco sempre
Encontrarei refúgio insistente
Em ti, minha Poesia.
 
230310
Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 24/03/2010
Código do texto: T2157198
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