SEU VENENO


Quando descia ao calabouço
ainda via voce me sorrindo,
nesse abismo, não mais ouço
e ainda, continuo caindo.

Te pedi tanto por caridade
o remédio para minha dor,
fui escravo de sua maldade
ainda um escravo de seu amor.

Foste a flor do meu jardim
mas agora é o meu espinho,
pois só vive zombando de mim
vive negando seu carinho.

Voce foi a chave dessa prisão
desse mundo tão dolorido,
foi arremessando me no chão
nunca ligou para meu gemido.

Nunca quiz ouvir meu lamento
e nesse poço foi me jogando,
sempre fiquei no esquecimento
e ainda, continuo implorando.

Queria por veneno em sua veia
queria ve la tombando ferida,
mas, o veneno que me incendeia
parece ser, alegria de sua vida.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 24/03/2010
Código do texto: T2156312
Classificação de conteúdo: seguro