Minha primeira morada
Sentada a olhar as estrelas
suspensas no infinito...
recordei com tal saudade
os verdes anos vividos,
numa casa já perdida
no álbum das minhas memórias
Sentimos que a vida passa
e leva com ela aqueles
que um dia já tanto amámos:
pais, avós, parentes mais
que ao longo de gerações
nos ensinaram aquilo que,
hoje, ainda, somos
Mas ao lembrar essa casa
onde fomos tão felizes,
faz de mim um ser mais puro,
pois relembro nela o rosto
tão terno de minha mãe
O tempo seguiu em frente
e minha infância esfumou-se...
hoje, tenho uma família
que construi com amor
e essa casa perdida é,
hoje, por mim lembrada
como o berço onde nasci
minha primeira morada.
5º Prémio Concurso de Poesia das Edições Ag "Casa Perdida, Casa Lembrada"