UMA NOVA CANÇÃO DO EXÍLIO
O meu bairro tem cajueiros
Onde cantam os passarinhos
As aves que aí gorjeiam
Sabem muito mais de mim.
Na solidão da noite
Ao luar, eu muito lânguida
Vivo à espera noctívaga
De uma vaga mudança.
O meu bairro tem cajueiros
Onde gangues marcam suas vítimas
São tantas as lágrimas
O nosso pranto é sem fim.
Do pesar cá no meu peito
Essa é a tônica afim
Não permita Deus que eles morram
Sem encontrarem o Seu caminho, Pai!
Como há tanta crueldade
Prefiro caminhar por Sua estrada
Nesta terra, há atrocidade
Que até Deus duvida.
O meu bairro tem cajueiros...Uuuuuui!
Viver não tem mais razão de ser
Tudo está tão esquisito
Não adianta viver.
Deus permita, volte a tão sonhada paz!
E não soframos jamais
Os malandros estão às soltas
Eu e meus vizinhos presos em masmorras.
Essas aves são símbolos de nova esperança
A paz vigore os nossos corações _
Nos lares de cada morador do Bessa! _
Arremato. Os seus Ninhos de amor tragam-nos nossa infância perdida!
Visse?Na Praça do Caju, as famílias sejam felizes
Troquem todas as figurinhas
De paz e felicidade
Empunhem a bandeira da humildade.
O meu bairro tem primores
Cada dia muito melhor
Que meus netos não sofram nenhuma dor
Nem tão pouco tenham dissabores.
Pois o Bessa é demais
É o point do futuro
Muito próspero...
Que fique na santa paz.