VELHO ÁLBUM
Hoje resolvi olhar o passado:
velhas cartas, fotos bem antigas,
frases rabiscadas em papel amarelado.
Trechos de uma vida
- pedaços da alma...
lembranças dos que se foram
recordações de lugares.
Vejo uma foto querida,
eu menininha de tranças
num coreto da pracinha
onde aos domingos tocava
uma gostosa “bandinha”.
Igualmente amarelada encontro,
outra foto que eu guardava
- como pode coisa dessas...
Já mocinha e sem tranças
com maiô de duas peças!
A família reunida nos 70 da vovó
aperta o coração
lembrando cada sorriso
até quem fotografou
a constatação é triste
- ficamos minha irmã e eu...
de todos pouco sobrou.
Folheio a página seguinte
prá não chorar quem morreu
encontro a turma da escola
cada qual com um sonho
será que aconteceu?
Mas como éramos lindas
- mesmo as feias eram belas...
Todas tinham esperanças
era a idade da ilusão
nada nos “encucava”, então.
Mais adiante, outra emoção
uma jovem segura uma boneca
Não! Meus olhos se embaçaram
- não é uma boneca, não;
é minha primeira filha!
Amo-te filha e nem sabes quanto.
Nada como um álbum
prá fazer-nos viajar.
Sem certificar as datas
lembramos das marcantes, também:
- meu único rebento chega
ano 58 – em pleno campeonato
- tudo girava em torno do fato
mas meu filho (ainda bem)
não ficou com o nome de Pelé
nem Didi – embora o pai tentasse...
Como que prevendo a sua meta
encontro a caçula – hoje arquiteta
“reformando, muito concentrada”
o bolo do primeiro aniversário.
Volto a folhear o meu passado
E junto às fotos encontro
cartões “garatujados” dos três
- Dia das Mães, Páscoa, Natal
boletins de escola, alguns recados
carinhosos e até desaforados.
Nossas vidas eu guardo, afinal
num velho álbum já amarelado.
Hoje resolvi olhar o passado:
velhas cartas, fotos bem antigas,
frases rabiscadas em papel amarelado.
Trechos de uma vida
- pedaços da alma...
lembranças dos que se foram
recordações de lugares.
Vejo uma foto querida,
eu menininha de tranças
num coreto da pracinha
onde aos domingos tocava
uma gostosa “bandinha”.
Igualmente amarelada encontro,
outra foto que eu guardava
- como pode coisa dessas...
Já mocinha e sem tranças
com maiô de duas peças!
A família reunida nos 70 da vovó
aperta o coração
lembrando cada sorriso
até quem fotografou
a constatação é triste
- ficamos minha irmã e eu...
de todos pouco sobrou.
Folheio a página seguinte
prá não chorar quem morreu
encontro a turma da escola
cada qual com um sonho
será que aconteceu?
Mas como éramos lindas
- mesmo as feias eram belas...
Todas tinham esperanças
era a idade da ilusão
nada nos “encucava”, então.
Mais adiante, outra emoção
uma jovem segura uma boneca
Não! Meus olhos se embaçaram
- não é uma boneca, não;
é minha primeira filha!
Amo-te filha e nem sabes quanto.
Nada como um álbum
prá fazer-nos viajar.
Sem certificar as datas
lembramos das marcantes, também:
- meu único rebento chega
ano 58 – em pleno campeonato
- tudo girava em torno do fato
mas meu filho (ainda bem)
não ficou com o nome de Pelé
nem Didi – embora o pai tentasse...
Como que prevendo a sua meta
encontro a caçula – hoje arquiteta
“reformando, muito concentrada”
o bolo do primeiro aniversário.
Volto a folhear o meu passado
E junto às fotos encontro
cartões “garatujados” dos três
- Dia das Mães, Páscoa, Natal
boletins de escola, alguns recados
carinhosos e até desaforados.
Nossas vidas eu guardo, afinal
num velho álbum já amarelado.