PORTO SEGURO

Nau errante,

de porto em porto

à vagar;

que não encontrou

cais onde ancorar.

Nave perdida,

é corpo, coração

a lamentar

em cada partida,

o fim da paixão.

Errante assim,

ai sabor dos ventos,

procura enfim

carícias, alentos.

Casco velho, magoado,

voltará quem sabe

um dia ao teu porto

e exausto, cansado,

adormecerá afinal,

outra vêz em teu corpo.

Riva
Enviado por Riva em 11/08/2006
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