CONTRADIÇÕES
Tão pouco tempo na vila
E esqueci da cidade
Do seu concreto armado
Que desarma quem te enfrenta
Da selva de pedra
Que enjaula e limita
Da rua negra
Que não deixa marcas de passos
Da solidão das janelas
Que não refletem os sonhos
De quem ousa sonhar
Sair de si e viajar por aí
Do barulho ensurdecedor
Dos carros em velocidade
Na competição desenfreada
Por algum prazer...por nada
Da esperteza do homem
E sua malandragem
Me esqueci do presente
Voltei ao meu passado
Que nem tão distante assim ficou
Está ali...em frente
Só falta coragem
Seguir em frente
Enfrente o novo,falo pra mim
Tenha coragem de se lançar
Mude o rumo
Retome o leme
E navegue por águas outras
Já tão suas
Que te espera
Onde o sol se põe
Água limpa e fria
Refrescando corpo e alma
Devolvendo a paz...
A calma que você tanto buscou
Anos a fio
Na corda bamba
No fio da navalha
Não se importe
Se deu certo ou não deu
Se houve falhas
Se algo se perdeu
Reencontre a si
Reencontre seu eu
Volte a ser feliz
VH – Em 18/02/10 –
Este poema escrevi assim que voltei de Vila Verde/Pancas - vila bucólica, onde nasci e que agora reencontrei