Filho

De repente...

Sussurram teu nome

Feito um sopro na alma.

Vejo-me em sonhos

Agora que sou leve

Aproveito para viajar no tempo.

Entro no quarto

Reconheço meu filho.

No olhar, um manto de luz

Cobertura de proteção e amor

Frente às lembranças do menino,

Que pequenino já dormia em seu quarto

No seu jeito de ser independente

Ele também sonhara,

Ao tempo em que falava com o ar da própria graça,

Coisas das brincadeiras infantis

Tudo tão perto de mim

Nem eu sonhara assim.

Hoje ao te ver em sonhos

Alento para a distância,

Sorrio resignada,

Digo que amanhã eu volto,

Beijo tua testa

Envolvo-me em cores etéreas

Continuo a viagem

No caminho: outras visitas

Repousada na saudade

Da convivência com todos

Que existem em minha vida.