DESPEDIDAS

Despimos a insensatez,

Quisemos ser sós na vida

Foram tantas despedidas

Reticentes no talvez...

Esta última, porém,

O talvez e as reticências

Deram fim às leniências,

Se despediram também.

Só então vimos nosso amor

Clamando para não ir,

A cada instante pedir

Volte, volte, por favor!

Afogamos nossos gritos

No vazio, nas reflexões,

Nossos ecos aos perdões

Não valeram serem ditos.

Não há como não sofrer

Quando o amor embora vai,

Toda hora ele recai,

Mata um pouco o viver.

Quando na última vez

Demos adeus novamente,

Ficou em nós reticente:

Que volte um dia o talvez...

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 08/03/2010
Reeditado em 16/03/2010
Código do texto: T2127303