Meu Querido Pai
Te observo nesse leito hospitalar...
Eu, impotente, nada posso fazer,
Apenas sofro acompanhando de perto
Você lutando contra essa enfermidade...
Que dura realidade!
Óh luta desleal, desigual!
A vida que se esvai...
Com o decorrer dos anos,
Anos de luta, meu pai...
Trabalho braçal do homem do campo...
Árduo trajeto, a espera da semente a germinar...
Tu fostes o provedor...
Aprendi tanto contigo, meu pai...
Hoje te vejo assim,
Ainda a lutar pela vida...
Por ser um apaixonado,
Por transpirar amor e alegria,
Por ser o que és...
Precisa viver,
Pai, eu amo você.
Indignada eu fico a questionar:
Mas, que luta é essa meu DEUS!?
Obs. dedico esse poema ao meu saudoso pai, ao qual Deus o levou para perto dele em fevereiro de 2006.