SAUDADES DO SÍTIO


Se pudesse, ao passado voltar,
daquele sítio nao tinha saido,
continua tão limpo aquele ar,
também o rio não foi poluído.

Nada de luxo, tudo simplicidade,
e á tanta fartura de alimento,
hoje aqui, tristonho e com saudade,
muito tarde, para arrependimento.

Foram as loucuras da juventude,
que fizeram aquele sítio deixar,
a cidade, só destruiu minha saude,
só tenho forças, para lamentar.

Já encontrei com quem lá ficou,
esse felizardo nada envelheceu,
parece que o tempo por lá parou,
sítio do sonho, que um dia foi meu.

Tarde demais para voltar agora,
a minha força já não existe,
não tenho condições de ir embora,
sou como um pássaro sem alpiste.

Destino que a vida nos reserva,
ninguém interfere nessa linha,
a natureza de longe me observa,
dizendo, que a escolha foi minha.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 02/03/2010
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