Quando éramos

Lembro-me dos corcéis dos sonhos do passado

e dos teus doces beijos tão bem dados,

antes que houvesse esse homem maturado

e tu, essa mulher desvivida.

Lembro-me do mundo entre nós

e nós, nos arredores de certos descompassos

e nossas mãos livres e ousadas.

Lembro-me de ti no banco da pracinha

e eu voraz a beijar-te toda minha

e tu assustada querendo fugir-me.

Lembro-me do mundo alegre que ficou para trás

e dos tempos de outrora que já não nos voltam mais,

nem tu aos meus braços.