LEMBRANÇAS
(Sócrates Di Lima)

A noite o mar rumina,
Fera indomável na quietude do luar.,
Como a saudade que fulmina,
As lembranças são para ficar.

A lua mansa se espalha,
Derrama na noite seu fulgor.,
Se engrandece com as estrelas em calma,
Que acresce luz nas sombras do amor.

Águas frias profundas no mar,
Onde recebeu a ela sem reclamar,
Quando em mergulho quis compartilhar,
Os segredos que o mar pode mostrar.
 
Ali no para-peito observo o luar,
 Sob meus olhos, a grandeza do mar.,
O sussurro de ondas a valsar,
Como se de braços dados com ela a dançar.
 
Minhas lembranças hoje são vivas,
Onde estive, ela comigo esteve,
No pensamento sempre ativas,
A saudade que sempre se atreve.
 
E quando meu coração mergulha na saudade,
Saltos íngremes de uma escalada mental,
Que posa no lugar marcado com pontualidade,
É no coração que ela se faz fenomenal.
 
 É nas noites que a saudade me pega,
Posto que a distância é impiedosa.,
E a ela minha lembrança se entrega,
Fazendo-me debruçar numa noite dengosa.
 
E ali onde está a minha amada,
Que na minha noite calada faz lembrar,
Cada momento de saudade ponderada,
Intensificando o meu amar.
 
É dela minhas noites cheias,
De luz, esperança e prazer.,
Por amar Basilissa pelas veias,
Que me tomam o corpo, a alma e o ser.
(Em 28/02/2010 – 19h37min. Registrada)
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 28/02/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2112751
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