NOSTALGIA II
Como se beija um copo de veneno
Para não sentir o lodo na alma
Eu beijo esta manhã cinza
Com o sol fechando as pálpebras.
Amores passados riem no vento,
Cada lufada é um escárnio,
Eu me purifico no insulto
E de supetão abro as janelas
Para além dos olhos.
E para além da alma e corpo
A vingança
De ter beijado a hora passada.