CONTAR EM POESIA


Sinto que a montanha ficou sombria
um silêncio total, quase nada escuto,
parece que está sem vida a serraria
sabem, que meu coração está de luto.

Finzinho do dia, o sol aos poucos cai,
é mais o fim de uma lamentosa tarde,
é a noite que vem, mais um dia que vai
é a hora que a tristeza na alma mais arde.

Mas, sou proibido de ver essa beleza
da majestosa montanha verdejante,
tira me o praze, essa minha tristeza,
tudo parece que está na fase minguante.

Já está desaparecendo a claridade
e a montanha, não posso mais avistar,
será encoberta por minha saudade
que virá junto com a luz do luar.

Tudo escuro, o dia já foi embora,
aumenta o tormento e essa agonia,
creio que a montanha comigo chora,
mas não pode como eu, contar em poesia.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 28/02/2010
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