O CANTAR DA SARACURA

O CANTAR DA SARACURA

A QUANTO TEMPO EU NÃO OUÇO O CANTAR DA SARACURA

NÃO VEJO MAIS A CESTINHA COM CARRETEIS DE COSTURA

A ÁGUA BRANCA DO RIACHO QUE JA NÃO É TÃO BRANCA ASSIM

EU ERA GURI CONSIDERADO UM DOS MAIS MEDONHOS

COM A CABEÇA CHEIA DE CURIOSIDADES E SONHOS

QUERENDO DESCOBRIR O QUE O MUNDO RESERVAVA PRA MIM

MAS É ISSO EU FUI ANDANDO PELA VIDA SEGUINDO OS MEUS CAMINHOS

CALSAS CURTAS DE BODOQUE PROCURANDO OS PASSARINHOS

CONSTRUINDO E ARMANDO LA NO MATO AS ARIPUCAS

FUI BEBENDO DAS ÁGUAS BENTA DA ADOLECÊNCIA

E PROVANDO DAS COISAS BOAS DA MINHA QUERÊNCIA

E JÁ PERCEBENDO O ENCANTO DAS CHINOCAS DE SÃO LUCAS

POIS É MEU AMIGO NESSA EPOCA EU POUCO PENSAVA

SEGUIA O RUMO PRO LADO QUE O VENTO ME EMPURRAVA

ATÉ QUE UM DIA EU DEPAREI COM UM IMENSO PAREDÃO

E ME DISSERAM QUE ALI ERA O FIM DE UMA JORNADA

QUE FOSSE APEANDO E DANDO ADEUS A CAVALGADA

APITO FINAL PORQUE ALI SE ENCERRAVA A MINHA MISSÃO.

ESCRITO EM 25/02/2010 POR

VAINER DE ÁVILA

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 25/02/2010
Código do texto: T2106951