Ventos
Ventos que refrescam
Ventos que congelam
Ventos sem aspiração,
Machucam acariciam
Não importa a estação.
Impulsionam velas, nas embarcações
Mudam morros e montanhas
Transformam a vida, mudam rumos
Quando sopram sem direção.
Uivos, gritos, gemidos
Na luz da escuridão
Te anunciam chegando
Não esperam embarcação.
Se te afastas, fico a ouvir
Os sons que ainda ficaram
E penso na tua força
Que os meus olhos cegarm.
Mas vem... Volta, não te afasta
Toca, acaricia meu corpo
Enchuga-me as lágrimas
Abraça-me integral.
Leva-me a voar
Crescer... Não mais sofrer.
E nunca mais voltar...