Tempo
Sou tempo que passa
Ausente, longínquo... esquecido.
Como um barco velho á muito destruído
Deixando a chuva e o vento romper a vidraça
Sou tempo que mente
Mostrando a fúria desenfreada
E já a dor não se sente
E já o amor é descontente
Afinal fui tempo, que existiu
Num olhar de alguém cativo... que sorriu
E não me deixou a luz
E nem me entregou a alma