Sem Ti
As emoções não afloram
Os sentidos permanecem afônicos
Os dedos mudos e despidos de gestos
Palavras não ditas
Ecoam no abismo da alma
No horizonte dos olhos
Um vulto se forma efêmero
No sonho que plasma
A iminência do toque
O corpo desfaz-se no éter
Sombras, sussurros, teu nome
Suspenso em dígitos lacônicos
Tua pele na carícia das mãos
E tua ausência rodeada
De abraços e saudades
Nesta noite infindável
Que te procuro