BOLA DE MEIA.

Quanta saudade tenho

Dos tempos que não são mais

Jogos e brincadeiras

Nas ruas e nos quintais.

Dos corações tão pequenos,

Tão cheios de compreesão,

Das peladas nos campos,

Dos pés pisando no chão.

Quanta saudade tenho

Da minha bola de meia,

Que tanto maltratei

Chutando-a de canto em canto

Com certo ar de desdém,

Talvez a querendo bem.

Agora então que vejo

O quanto o tempo levou

Os encantos das pequenas

Coisas que me encantou,

E hoje são só lembranças

Da criança que em mim restou.

E minha bola de meia

Chutei-a Tão longe,

Tão próxima do céu

Que sinto-me hoje julgado

Como homem,

Como réu.

(D`Eu)

Sidnei Levy
Enviado por Sidnei Levy em 31/05/2005
Código do texto: T21034