Por quanto tempo te espero amado?

Por quantas estrelas terei que velar?

Há tanto de você em mim.

Como o céu é escuro quando você não está.

Um pingo de frieza me tocou hoje.

Será que foi teu? Veio de ti?

Por quanto a distância irá me torturar com essas dúvidas?

Ainda há tanto de você em mim.

E teus olhos numa imagem mental, me surgem como um remendo para o meu coração duvidoso.

Meu corpo inteiro em um doer profundo, sem sentido.

Em tão pouco tempo a sua falta me leva ao um sufoco mental.

Não é do meu querer me sentir assim, mas sinto, não consigo evitar.

Será que sou normal? O amor é normal? Isso é amor?

Busco na memória tua voz, tuas juras, teu relaxamento em meus braços.

E por alguns instantes, mas só por alguns instantes, se choca com meu martírio, um pingo de certeza, e me vem tudo outra vez.

Ainda por quanto tempo te espero amado?

Não tenho pressa, tenho sede, falta, fome, sei lá.

Somente o desvelo, a saudade o sentir ao fechar os olhos.

Sim, eu posso senti-lo quando fecho os olhos, a me rodear.

Por que ainda há tanto de você em mim, que chega a transbordar.