SENHA

SENHA

Paulo Gondim

19/02/2010

Segui por vias e ruas vazias

E em esquinas desertas

Busquei restos de um sonho

No frio da noite

Na minha solidão

Só o vento em rajada fria

Aumentava o tédio

E tornava maior

A necessidade

De tua companhia

Impossível não pensar em ti

Se tua lembrança me ronda

Dá voltas em órbitas

Vai e vem em mil voltas

E chego a pensar que estás assim

Aqui, bem pertinho de mim

E nos devaneios da mente

Sinto-te à luz de vela

Num romantismo intenso

Invento, finjo e penso

Com as piores intenções

Que a volúpia revela

Espero por ti e como senha

Ansiando que voltes

Deixo o pano por fora da janela

Paulo Gondim
Enviado por Paulo Gondim em 20/02/2010
Reeditado em 21/02/2010
Código do texto: T2096603
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