Saudade

Rio de Janeiro, agosto de 1990

A saudade mergulha nas linhas

É submersa pelas palavras infindáveis de desabafo

Perde o ar em ondas de mágoa

Afunda com o desapego e a desilusão

Mas a saudade não se afoga jamais

Vem à tona quase morta e respira o ar de sal

É levada à areia e ressuscita com a respiração boca à boca

Que louca saudade, saudade louca

Que se recupera em poucos momentos de carinho e atenção

Agora, reconfortada e tola saudade

Ignora a inconstância das ondas

E só dorme mergulhando no mar

Katharina Vaz
Enviado por Katharina Vaz em 10/02/2010
Código do texto: T2079094
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