Areias de Matinhos
Há muitas lembranças,
a encrespar de areia,
os pés, as mãos,
a voltear a beira mar,
a olhar o vazio das horas,
amanhecidas do sol de Matinhos...
Um dia ainda quem sabe,
ir ao descalvado buscar neblinas,
e tardes das imensidões
verdes, brancas e azuis
para a alma descansar...
Sob a sombra da serra do mar,
relembrar o repentino, o inusitado,
o esvoaçante passado
que um dia sem rimas silenciou,
e foi ser poesias ao sol se por!
Há tantas voltas que gostariamos de fazer,
ao sorriso que o mar tomou para si,
a tempestade que os amigos poupou,
ao dia em que eu também morri,
quando o mar com suas vidas não retornou!
Malgaxe