História de uma flor

Lembro-me de você

minha linda e frágil hortência

grande e formosa, sobre frágeis caules

nas manhãs ensolaradas da minha meninice

Ah, como lembro de você!

O tempo passou, passaram-se as estações

e você também passou

pois nada na vida é eterno

eterna são só suas lembranças

que no meu jardim ficaram.

As borboletas que de ti sentiam inveja

parecem que perderam a graça

pois não tem a quem imitar

até os passarinhos ficaram tão tristes

que deixaram de cantar

Pois sem a sua sombra

ficou tão triste o caminhar.

Hoje já cresci bastante

amei,sorri,sofri,chorei

e no jardim da minha existência

ficou vago o seu lugar

Por muitas manhãs, te esperei mãe

Por muitas estradas te procurei

descobri que você estava tão perto

em cada palavra ou gestos meus

que de ti procuro imitar.

Percebi então

que sua ausência não foi em vão

pois quando morre uma flor

ela fecunda o chão

Assim foi sua existência nesse mundo mãe

com seu amor,deixou o terreno fecundo

nos seus exemplos, norteei o meu mundo

e minhas raízes,cresceram fortes e profundas

e se alastraram firmes no chão.

maria moraes
Enviado por maria moraes em 31/01/2010
Código do texto: T2061848