Infância que queria de volta

Saudade de quando era criança

Onde me banhava de esperança

Uma inocência gostosa

Uma presença de Deus fabulosa

O peito nunca pesava

Não tinha vergonha e de medo gritava

Não havia problemas pra dormir

E era tão leve que podia ao céu subir

Sonhava em ser tanta coisa

Abria os braços e pensava que tudo podia abraçar

O mundo não mais girava

E o único "sofrimento" era a hora de parar de brincar

As casinhas e as bonecas que sempre se davam bem

O pai que me pegava e jogava pra cima

Eu fechava os olhos e não via ninguém

E depois ele me abraçava e fazia com meu nome alguma rima

Doces momentos a mãe atrapalhar

Na cozinha que era só dela e eu insistia em brincar

Batendo panelas até tarde até meu pai acordar

E vir com a cara fechada dizendo que era hora de parar

Lembro desses momentos sempre lacrimejando

Acariciando a Sarah menina

E por entre os vales de adultos andando

E me perdendo em meio a neblina