AMOR E SAUDADE

(Socrates Di Lima)

Pelo menos três vezes ao dia trago aqui meus fragmentos,

E na maioria em apenas alguns minutos do dia.,

O que importa é que venho externar meus sentimentos,

Integralmente em forma de poesia.

Falo de amor em sua plenitude,

Não me vejo menor em fazê-lo.,

Contrário é a minha atitude,

Pois, o meu amor faz por merecê-lo.

Falo de saudade na sua essência,

Da distância que faz o coração palpitar,

Da ausência que o corpo reclama com veemência,

E da forma mais graciosa de se amar.

Do olhar dela eu me derramo,

Do sorriso dela me afago.,

Do riso gracioso eu reclamo,

Quando no meu peito a saudade trago.

Falo da alegria de cada amanhecer,

Falo da felicidade que é sonhar.,

Da espera do sono ao anoitecer,

Para que ela venha me namorar.

Falo do perfume que sua alma tem,

Fragância das deusas que não senti em ninguém.,

Do vinho molhado no beijo, coisa do além,

De tão sublime provoca a libido também.

Entre um trabalho e outro que me sobrecarrega a mente,

Até nisso ela tem um toque de tranqüilidade.,

Faz-me parar e aqui vir desnudar o que minha alma sente,

E refeito na paz, ela na mente, volto a minha atividade.

É por isto que não me canso,

De escrever tudo que sinto.,

Ela merece uma homenagem, não descanso,

Ela é a entrada e saída do meu labirinto.

O que diria o poeta,

Apaixonado pela sua metade.,

Seria um gigante, na certa,

Por amar sem qualquer vaidade.

E mesmo não sendo poeta eu tento,

Dedilhar em versos os meus sentimentos.,

Nada belo, o que vale é o encantamento,

Que ela se fez em todos os meus momentos.

Ah! Nunca será pecado amar demais,

Pecado é não se suportar de tanto amor.,

O medo da dependência torna-se atos normais,

Fez-se vicio este amor que me causa torpor.

E adormecido meu coração vive em êxtase,

Inala o espírito do amor em fragrâncias.,

Dá-se ao prazer de amar, tão insana ênfase,

Que não chega a ser pecado amar nas turbulências.

Assim é o meu amor por Basilissa, irreverente e impulsivo,

Intempestivo no seu modo de ser.,

Mas na alma um amor criança, quase possessivo,

Que nem a experiência pode perceber.

Que os deuses do Olimpo me amordacem,

Se o meu amor eu não puder gritar.,

Este amor é uma teia que a alma e o coração tecem,

Que protegido é a busca eterna que jamais há de cessar.

E todo este amor por ela eu cultivo,

Nas minhas próprias tempestades.,

Até o dia que no corpo inativo,

Meu coração fenecer de tanta saudade.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 25/01/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2050407
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