Lamentos de uma rosa
Se soubesse o quanto tua ausência faz-me perdida
Vestida ao sépia triste de minha vida
Sumiste sem ao menos dizer a razão
Deixou-me confusa, caída ao chão
Aos poucos fui murchando
A tua falta calando
Machucando e ia andando
Eu que outrora era Viçosa de teus cuidados
Feliz de Tua presença me vi sem teus afagos amados
Num dia como hoje até meu respirar torna-se um punhal afiado
Ao dilacerar os sentimentos outrora guardados.
Grande Arquiteto do Universo dai-me forças pra prosseguir
Mostra-me a onde ir
Minhas Lágrimas percorrem o rosto em marcha contínua
E minha alma grita a dor da tua ausência em mim
Dor sem fim pungente sem fim
Fecho-me dentro de minha própria seiva
E assim aos pouco vou perdendo a vitalidade da bela rosa que um dia tu cultivaste