CATEDRAL
Paro em frente aos sonoros ponteiros,
Da gigantesca, misteriosa catedral,
um extremo vazio me tem por inteiro,
Nem percebo a claridade matinal.
Estranho, quando se está só, parece,
Que não passa o tempo soberano,
Tudo fica sem graça, a alma entristece,
Cansada de habitar o eu humano.
Que sorve a taça transbordante da saudade,
E sente que não merece a felicidade.
Paro em frente aos sonoros ponteiros,
Da gigantesca, misteriosa catedral,
um extremo vazio me tem por inteiro,
Nem percebo a claridade matinal.
Estranho, quando se está só, parece,
Que não passa o tempo soberano,
Tudo fica sem graça, a alma entristece,
Cansada de habitar o eu humano.
Que sorve a taça transbordante da saudade,
E sente que não merece a felicidade.