SAUDADE (Uma flor, um beija-flor, minha saudade)_

(Sócrates Di Lima)

Hoje acordei ao romper da madrugada,

Abri a janela do meu jardim.,

Fui em busca da minha flor enamorada,

Mas, ela não estava esperando por mim.

Tive medo...

Meu coração se apertou,

Era muito cedo,

Pensei: - Ela ainda não chegou.

Voltei para a minha cama,

Meu coração ainda batia forte.,

Parecia a ardência de uma chama,

Queimando a minha sorte.

Fechei os ohos mais uma vez,

Pensei; - Estou sonhando.,

Então suspirei fundo, talvez,

Ela já esteja chegando.

Fiquei alerta,

Não ouvi o som do seu riso.,

Nem o seu assovio que desperta,

Me senti fora do meu paraiso.

Meu coração ofegante,

Fez-me levantar novamente.,

Abri a janela dos meus olhos naquele instante,

E lá fora, bASILISSA estava ausente.

E balancei, quase chorei....

Com os olhos lagrimejados eu olhei,

Havia em seu lugar um beija-flor, chamei!

- Onde está a minha flor que eu não encontrei?

E o beija-flor olhou para mim e cantou;

- Tua flor foi apanhada, ainda na madrugada,

A brisa orvalhada a levou,

Perdeste a namorada.

Tive um momento de insanidade,

Gritei com o beija-flor, ai que dor!

Mas, descobri na verdade, que era a saudade,

Que havia tomado o lugar da minha flor.

Era miragem...

Vazio eu me senti.,

Não tinha mais nenhuma imagem,

Nem Basilissa, nem a flor e nem o beija-flor, estiveram ali.

(Em 22/01/2010 - Registrada)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 22/01/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2044358
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