SAUDADE

(Sócrates Di Lima)

Abro a janela do meu quarto,

Debruço no para-peito.,

Olho a vida la fora, um fato,

Minha vida aqui dentro náo tem jeito.

Meus olhos fitam o horizonte,

A saudade aumenta o seu volume.,

Sons dos ventos é fonte,

Do meu sutil queixume.

A saudade não tem jeito,

Quando menos espero, ela chega.,

Me dá um nó no peito,

E minha tranquilidade pega..

Lá fora qualquer corpo caminha,

Segue talvez sem rumo.,

Como a saudade que antes tinha,

Agora maior, é o meu consumo.

Lembro-me dela e do seu sorriso,

Lembro-me dela e do seu olhar.,

Lembro-me dela no paraiso,

Esperando meu corpo para amar.

Não é só o pensamento,

É a comunhão de todos os meus sentidos.,

Ë a leveza plena do meu sentimento,

De amor por ela, desejos tantos queridos.

A saudade me pega, quase desprevenido,

Nem imaginava, pensar nela assim.,

A tarde desmaiava em tom despercebido,

Mas de repente, um pensamento trouxe Basilissa para mim.

E de saudade eu me desmancho,

Me perco e me desaba.,

Me restabeleço, me rencontro, um gancho,

É no amor e na saudade de Basilissa que me acaba.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 20/01/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2041484
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