MEUS OITENTA ANOS:intertextualidade
Albatroz, albatroz! Se tu pudesses me dar
Essa onda que beija a areia e a lua que beija o mar.
A terra que tem palmeiras, onde canta o sabiá
Albatroz, estou cansado! dá-me asas pra voar
Eu quero ir pra pasárgada, lá sou amigo do rei
E como farei a viagem? Só Deus sabe, eu não sei
A bruma de oitenta anos,cobriu-me com branco véu
Albatroz dá-me estas asas. Eu quero voar pro céu
O meu céu tem mais estrelas, aves gorjeiam por lá
As várzeas têm mais flores e mais estrela no mar
O meu bosque tem mais e a vida tem mais amores
Albatroz, estou cansado! dá-me asas pra voar
Oh!que saudade que tenho, da aurora de minha vida
Da minha infância querida,oh, quanto tempo já faz!
O amor, a vida, um sonho! Naquelas tardes fagueiras.
À sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais.
Albatroz, albatroz! Se tu pudesses me dar
Essa onda que beija a areia e a lua que beija o mar.
A terra que tem palmeiras, onde canta o sabiá
Albatroz, estou cansado! dá-me asas pra voar
Eu quero ir pra pasárgada, lá sou amigo do rei
E como farei a viagem? Só Deus sabe, eu não sei
A bruma de oitenta anos,cobriu-me com branco véu
Albatroz dá-me estas asas. Eu quero voar pro céu
NA
Diálogo entre os poetas: Castro, Abreu, Gonçalves, Bandeira,e, Lima
COMENTÁRIOS RECEBIDOS:
Conversa pra lá de encantadora e que resultou num belíssimo poema. Abrçs.Enviado por HLuna em 18/01/2010 12:47
para o texto: MEUS OITENTA ANOS (T2036599)
Os poetas certamente ficaram encantados, assim como eu. Belíssima composição. Talento derramando por aí. Parabéns...Enviado por Maria Helena Camilo em 16/02/2010 09:58
para o texto: MEUS OITENTA ANOS.
Adalberto: muito mais do que os risos arrancados pelos teus amigos/leitores há a sensibilidade do homem em transformação... O que você chama de "duelo" literário , eu prefiro conceituar como: diálogos em terceira dimensão de construções poéticas. Pois, é na literatura que o leitor busca o confronto entre cabeças privilegiadas... Teus textos desafiam a racionalidade e se apresenta em questionamentos diversos , sobre a sociedade, o tempo, os valores, os dogmas e, até mesmo, o humor. Os traços que diferenciam "seus oitenta anos" esta essencialmente e resumidamente marcados, na etapa de vida , ainda não vivida... É no presente racional e na capacidade reflexiva e de abstração , que as características da cabeça, "supostamente" envelhecida precisa ser considerada na estruturação desse bem escrito 'duelo' poético. A riqueza das tuas obras se dão por meio das múltiplas reflexões aos temas abordados, pelas palavras e pela experiência(não dos 80, mas dos 60) de vida compartilhada e experiências vivênciadas na tua maduridade jovial atual. À medida que o "eu-lírico" coloca teus questionamentod e indagações no texto poético, deixa uma abertura de interpretação nos olhos do leitor, realizando assim, as inferências. Na mundividência poética da tua criação , nem a linguagem fantástica e nem o sentido ou inspiração encontra equivalência neste 'duelo' de campeões. Bjns. Solange Gomes (Portal Literal)