Na praia das conchas solitárias
 
 
 
Sentava-me olhando o espraiar das ondas do mar
No seu bailado atrevido e rendido
No seu vazar refluído
As conchas iam e vinham solitárias
Carapaças inteiras partidas
Naufragando ficavam rolando
e na areia acabando por ficar perdidas
Mortas sem vida
Então lhes chamava a praia das conchas solitárias
Como solitário era o meu amor
Como solitário era o meu olhar
Que se perdia nas lonjuras desse mar
 Que ia e vinha num ritmo de alucinar
Como alucinada estava porque meu amor
Era como as ondas do mar
no seu refulgir
E como as conchas solitárias perdidas.
Porque te queria tanto, meu amor sem rumo?
Porque me perdia nesse sonho de amor tão profundo?
E nessa ilha do teu e meu encanto
Banhada pelas aguas quentes do mágico Atlântico
Em que vazei salgados prantos
Que tornou mais largo e salgado esse mar de lamentos
 Que me desfez as tranças do meu louro cabelo
Que desatou as fitas que o apresavam
Quando mergulhava nessas águas
querendo este amor afundar e não voltar
Em que pisava fundo essas areias em que me afundava
Com o peso dessa sensação de desolação
Como fundo era esse amor gravado dentro de mim….sem fim
De tta
 
07~01~10

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 07/01/2010
Código do texto: T2015738
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