GARRAFÃO
Na boca curta o pesar da infância,
Para entrar tinha que correr,
Os olhares atentos para livre brincar,
O toque de escolher, para voltar e recolher,
Mesmo sem muito entender.
O primeiro passo na entrada,
Era o começo do quadrado,
Neste dia tão esperado,
Da longa semana marcado.
E começava no zero,
Marco da infância feliz,
De tudo o que se quis,
Com moderação eu quero,
Lembrar de tudo quanto fiz.
As gargalhadas inocentes,
Das crianças mais decentes,
Da rua do meio eu vi,
As portas abertas dali,
Na rua pintada que vivi.
Com os sonhos de engenheiro, astronauta,
As idéias bem guardadas,
Por pessoas bem faladas,
Que aqui tenho falta.
O balanço entre as portas,
Nesta vida encarada,
Nos incômodos dos faróis,
A face mascarada.
Tudo passou,
Até meu avô,
E hoje aqui estou,
Em busca de outro amor.
RASCUNHOS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 13/11/09.
Na boca curta o pesar da infância,
Para entrar tinha que correr,
Os olhares atentos para livre brincar,
O toque de escolher, para voltar e recolher,
Mesmo sem muito entender.
O primeiro passo na entrada,
Era o começo do quadrado,
Neste dia tão esperado,
Da longa semana marcado.
E começava no zero,
Marco da infância feliz,
De tudo o que se quis,
Com moderação eu quero,
Lembrar de tudo quanto fiz.
As gargalhadas inocentes,
Das crianças mais decentes,
Da rua do meio eu vi,
As portas abertas dali,
Na rua pintada que vivi.
Com os sonhos de engenheiro, astronauta,
As idéias bem guardadas,
Por pessoas bem faladas,
Que aqui tenho falta.
O balanço entre as portas,
Nesta vida encarada,
Nos incômodos dos faróis,
A face mascarada.
Tudo passou,
Até meu avô,
E hoje aqui estou,
Em busca de outro amor.
RASCUNHOS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 13/11/09.