O silêncio, a sina e o barco!
É menina... o tempo novamente se interpôs a nós!
E o silêncio que se avizinhava, tornou-se real...
Certezas incertas, não declaradas calaram nossa voz!
A vida, o destino e a sorte! Ô sina desleal...
Sabia... bem aqui no meu íntimo que seria assim!
A distancia se fazendo valer cada vez mais...
O final triste e melancólico digno de um folhetim!
Anunciando o barco em silencio, partindo do cais...
Fomos úteis a nós mesmos, suprimos nossa carência!
Nos demos as mãos e navegamos unidos...
Declaramos em uníssono toda a nossa coerência!
E acabamos por fim, pela perda de nós... punidos...
Nem em meus sonhos, que outrora foram teus, eu te vejo!
Perco na memória os versos que te fiz...
Meu barco a vela ainda flutua, porém, viaja em voltejo!
As ondas do mar apagaram os escritos de giz...
Não cabíamos em nossos sonhos mais enlouquecidos!
Minha vida, tua vida e nossas conseqüências...
Não podiam ser arquitetados, não estavam amadurecidos!
E sonhamos muitas vezes o impossível... nossas demências!
Resta apenas o que se viveu, amiúde e com consciência!
O barco encontrou uma nova doca, um novo porto...
Foram as amarras, que por serem vãs se soltaram da dependência!
E reacendeu a vida novamente no que jazia morto...