AMOR ANTIGO

Já não tenho comigo

Os movimentos ágeis

De quando eu era jovem,

Hoje uso uma bengala.

Não consigo ver nitidamente

Mas somente vultos

De pessoas se aproximando,

Tenho óculos pesados.

Não consigo mascar um chiclete,

Degusto somente

Alimentos triturados,

Pois a dentadura é velha.

Mesmo com todas as dificuldades

Meu coração ainda é um menino,

Embora pulse lentamente

Carrega consigo

Um amor antigo.

Júnio Dâmaso
Enviado por Júnio Dâmaso em 24/07/2006
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