Não sabes a falta que fazes
Não sabes a falta que fazes
Não sabes a falta que fazes
Nem como a ausência de ti se agiganta
Não sabes nem mesmo que o amor
É como um contrato assinado
Co´a tinta de um arco-íris
Não sabes a falta que fazes
Nem como se esvai o meu sangue
A chuva infinita e vermelha
Que me mata e me regenera
Mantendo fresca a dor extrema
Sem ti não me basto e, até mesmo
Se perdem as ligas das horas
Balões que, vazios, flutuam
Num tempo já sem gravidade
Não sabes a falta que fazes
As águas que inundam ressecam
Na boca sedenta da tua
Nos olhos que ainda te enxergam
No espaço que não mais ocupas
Não sabes a falta que fazes
Pois nunca soubeste que o amor
A chave que abre p´ra alma
É passo que nunca se mede
É nele que tanto se encontra
Que quem o encontra se perde
(Djalma Silveira)