SAUDADES
SAUDADES
Saudades do meu cantinho...
De todos os passarinhos
Que cantavam à minha janela
Sob o perfume do manacá...
Ou do galho do ingá
Com trepadeiras amarelas
Voltei, vim visitá-los
Não quero amordaçá-los
Por favor, cantem pra mim!
Revivam minhas lembranças
Devolvam meu lado criança,
Que, parece teve fim!
Nunca mais subi nas árvores,
Não tomei banho na bica,
Nem fotografei da montanha,
Só para ver como fica
A paisagem lá do alto...
Se falo, ninguém acredita!
É de beleza sem igual
Um mundo não natural
Para os olhos urbanos
A paz que lava a alma...
Traz harmonia e calma,
Lá, não sobrevive o insano!