Saudade...
Saudade...
Olhando a chuva através da janela
Senti saudade, doce e palpável.
Do azul dos teus olhos,
Que trazem paz, serenidade
Mas também paixão.
O frio úmido da noite invadiu meu corpo
Encharcou minha alma,
Como se eu fosse a terra árida deste chão.
O fogo na lareira soltou fagulhas
E, ao ruído manso da água caindo
Misturou-se o gemido do eucalipto
Queimando, perfumando o ar.
Meu pensamento voa em busca
Do teu semblante.
Quase ouço tua voz,
tornando melodia versos soltos.
Feito lamentos, lembranças doloridas,
De um amor perdido
Que o tempo consumiu,
Onde está o calor do teu abraço,
A felicidade, as promessas feitas
Tendo o céu, cintilante de estrelas
Por testemunha...?
Novamente olho a chuva, e me sinto nua,
vazia sem o teu amor.