Eu andava pensando um poema com um poema que me pensava,
Mas o despertador berra na hora certa o sonho poema se assusta
E corre para o mundo antes de mim, andando pelas ruas.
Eu saio e não encontro mais o poema, fica um restinho,
Umas palavras assim soltas, uma vaga lembrança do que seria...
E entro no carro para viajar, esse trabalho de ir e vir a tantos lugares...
E olho pela janela do carro como uma criança que descobre mundos,
As portas e janelas das casas, as entradas dos prédios,
As ruas e as calçadas, e já descobri tanto tantas estradas.
As paisagens me distraem os pensamentos e voa o poema,
As árvores e os rios pelo caminho, céu azul e nuvens brancas,
De longe as montanhas são azuis... e o poema se esconde.
Olho as fotos na câmera, os rostos, os sorrisos, lugares,
O gato sempre dormindo preguiçosamente
Hoje eu olhava sua boca, seus olhos, seus cabelos...
E tem uma foto dos seus pés e outra das suas mãos.
E o poema vadio andando à esmo por aí, sem paradeiro...
Minha mente fixa no que fiz ou não fiz, no que fazer,
Sempre perguntas e respostas andando soltas a seu bel prazer.
Só os pensamentos me são fiéis e se fixam em tudo o que sempre quis...
E o poema andarilho perdido por aí espalhando que sou feliz,
E satisfeito com tão pouco de um tudo tão importante.
Poema linguarudo contando todas as minhas peripécias,
E se lembra de meu tempo de menino e até de ainda ontem,
Ele é capaz de se lembrar, eu acho, até do dia de amanhã.
Duas horas e meia de viagem, dá sede, fome,
vontade de ir ao banheiro, de esticar um pouco as pernas.
Sempre tem um destino e lá chegando, trabalhar...
Dorme cedo, levanta cedo, e o poema no hotel dormindo.
De repente ele me aparece, tinha vindo na frente.
E chegando antes vinha falando de mim, tagarela.
Esse poema é mais rápido que o pensamento!
De súbito chega e ilumina o que eu nem tinha pensado,
Com as mesmas palavras e com uma única palavra: saudade!
Eu ia e vinha e o poema tinha ido até você,
Para dizer que volto e a poesia era a caminhada,
A estrada e esse ir e vir, essa distância a se fazer proximidade.
Mais rápido que o pensamento, muito mais rápido,
Tinha ido até aí dizer o quanto amo você!
E foi num pé e voltou no outro e me contou que você sorriu!
Mas o despertador berra na hora certa o sonho poema se assusta
E corre para o mundo antes de mim, andando pelas ruas.
Eu saio e não encontro mais o poema, fica um restinho,
Umas palavras assim soltas, uma vaga lembrança do que seria...
E entro no carro para viajar, esse trabalho de ir e vir a tantos lugares...
E olho pela janela do carro como uma criança que descobre mundos,
As portas e janelas das casas, as entradas dos prédios,
As ruas e as calçadas, e já descobri tanto tantas estradas.
As paisagens me distraem os pensamentos e voa o poema,
As árvores e os rios pelo caminho, céu azul e nuvens brancas,
De longe as montanhas são azuis... e o poema se esconde.
Olho as fotos na câmera, os rostos, os sorrisos, lugares,
O gato sempre dormindo preguiçosamente
Hoje eu olhava sua boca, seus olhos, seus cabelos...
E tem uma foto dos seus pés e outra das suas mãos.
E o poema vadio andando à esmo por aí, sem paradeiro...
Minha mente fixa no que fiz ou não fiz, no que fazer,
Sempre perguntas e respostas andando soltas a seu bel prazer.
Só os pensamentos me são fiéis e se fixam em tudo o que sempre quis...
E o poema andarilho perdido por aí espalhando que sou feliz,
E satisfeito com tão pouco de um tudo tão importante.
Poema linguarudo contando todas as minhas peripécias,
E se lembra de meu tempo de menino e até de ainda ontem,
Ele é capaz de se lembrar, eu acho, até do dia de amanhã.
Duas horas e meia de viagem, dá sede, fome,
vontade de ir ao banheiro, de esticar um pouco as pernas.
Sempre tem um destino e lá chegando, trabalhar...
Dorme cedo, levanta cedo, e o poema no hotel dormindo.
De repente ele me aparece, tinha vindo na frente.
E chegando antes vinha falando de mim, tagarela.
Esse poema é mais rápido que o pensamento!
De súbito chega e ilumina o que eu nem tinha pensado,
Com as mesmas palavras e com uma única palavra: saudade!
Eu ia e vinha e o poema tinha ido até você,
Para dizer que volto e a poesia era a caminhada,
A estrada e esse ir e vir, essa distância a se fazer proximidade.
Mais rápido que o pensamento, muito mais rápido,
Tinha ido até aí dizer o quanto amo você!
E foi num pé e voltou no outro e me contou que você sorriu!