Antes de ontem
No final desta rua que antes terra tinha,
Tinha também uma pinguela!
Traçando o ribeirão... Límpido desde as nascentes.
- que vida tinha ribeirão?
Em barranco de argila e relva nativa,
Boa vida natural...
Tu guardas ainda!
Um pé de sandálias, sem amarras...
Uma forquilha de cabo de goiabeira,
E um beijo com sabor de brincadeira.
Tu foste trincheira, em meus vendavais!
No final desta rua, que hoje tem pinche,
Que também tem concreto...
Traçando um só chão, que em todo canto tem.
- é triste ribeirão...
Tudo agora é igual, um solo gêmeo;
Até nas cores...
Tuas curvas são reais e destinadas...
Como destinado era eu, um menino...
Em tuas curvas a brincar.
Ah! A pinguela?
Nem sei por onde andas! E se andas bem.
...........” Catarino Salvador “.