SAUDADE
Oh, aperto sem tamanho!
Que estrangula o coração,
Cozinhando em fogo lento
A esperança no portão.
Assim, sufocando a gente,
Dando nó no pensamento,
Vai esticando o instante
Da hora que é de vento.
E a gente remói, remói,
Vasculha toda a lembrança,
Faz de conta que não dói,
Mas... É que o amor não cansa.
Chega, fica, faz morada,
Sufoca-nos de ansiedade,
Teima em não ir embora,
... Só matando essa saudade!