SAUDADES

Vinte e uma hora e cinqUenta e oito minutos...

Chegou como quem não que nada

Alegrou, iluminou a noite negra,

Por um minuto estive solitário,

Passou perto do meu corpo, o sorriso deslizou,

A boca me sugou, o sangue esfriou e esquentou...

Sentir o deslizar da mão correr pelo corpo,

O desejo explode, perco a noção do dia e da noite,

Sem querer me rendo à chama

Momentos indescritíveis ora vem, ora vão...

Como se fosse uma ilusão,

Prossigo sentindo o sorriso doce e suave

Que contemplo na face aveludada

Até que o sangue para e corre nas veias

O meu palpitar não posso controlar

Explode um desejo, um calor frio,

Sinto agora o teu corpo sobre o meu

Unidos numa só temperatura

Beijos, abraços frios e quentes nos alimentam

Rolamos como penas leves, até cair na amada grama

que nos recebe com um abraço

Abraços que nos conduzem ao êxtase do prazer

Prazer que vem, e vai embora

A lembrança é a única que não vai embora

Me faz viajar, delirar e morrer de saudades...

Pensamentos e não lamentos para os bons momentos...